A paulista Luisa Veras Stefani colocou de vez seu nome na história do tênis brasileiro ao conquistar, ao lado da amiga e conterrânea Laura Pigossi, a primeira medalha olímpica do país, o bronze nas duplas nos Jogos de Tóquio. Especialista em duplas, conquistou nove títulos WTA, sendo três deles de WTA 1000 (Toronto 2021, Guadalajara 2022 e Doha 2024). Ela também fez parte da primeira dupla 100% nacional a levantar uma taça de Grand Slam, triunfando nas duplas mistas do Australian Open em 2023 ao lado de Rafael Matos.
Sua trajetória no tênis começou logo aos 10 anos, junto com o seu irmão, fazendo aulas uma vez por semana. Aos poucos, ela foi se encantando com a modalidade e passou a praticar com uma frequência cada vez maior, passando a disputar torneios a partir dos 12 anos de idade e cada vez subindo de nível, começando pelos eventos nacionais e depois os sul-americanos. Aos 14 anos, se mudou com a família para os Estados Unidos e então viajou o mundo todo jogando ITF juvenil. Em seguida conseguiu uma bolsa para jogar tênis pela Pepperdine University, onde estudou publicidade antes de trancar o curso.
Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário norte-americano, dedica-se parcialmente ao circuito profissional, que passa a ser seu foco a partir de 2019. Em seu primeiro ano integralmente como profissional, Stefani decidiu largar as simples, tendo como melhor ranking a 431ª colocação, para focar nas duplas. A opção se mostrou acertada, com Luisa alcançando enorme sucesso nas duplas. Além do bronze olímpico e do título de duplas mistas no Australian Open, ela disputou 17 finais de WTA e venceu nove, com destaque para três em WTA 1000 (Montréal 2021, Guadalajara 2022 e Doha 2024).
Durante sua vitoriosa carreira, Luisa teve um momento bastante difícil em 2021, no seu auge dentro do circuito até então. Em sua primeira semifinal de Grand Slam, no US Open, no tiebreak do primeiro set, ela torceu o joelho e acabou rompendo o ligamento cruzado anterior do joelho direito. Depois de mais de um ano parada, ela retornou ao circuito e não demorou para voltar a vencer, conquistando um título logo em seu primeiro torneio. Foram seis taças levantadas desde a lesão. Além do bronze olímpico, ela tem três medalhas em Jogos Pan-americanos, um ouro nas duplas em Santiago 2023, quando levou também a prata nas duplas mistas, e um bronze em Lima 2019.