Maior tenista de todos os tempos de Bauru, Júlio César Homen de Góes, o Meca, nasceu no interior de São Paulo em 1955 e descobriu o tênis aos 8 anos. De origem humilde, precisava ajudar a família e foi ser pegador de bola no Bauru Tênis Clube, onde começou a jogar com uma raquete improvisada, batendo bola com os sócios que não tinham parceiros. Sua primeira raquete de verdade foi ganhar apenas na adolescência, um presente de um diretor do clube.
Não pôde disputar as competições de nível juvenil, precisava trabalhar, fez curso de mecânico geral e exerceu a profissão, conciliando com o tênis. Foi ganhar seu primeiro título no Brasileiro da Juventude, categoria 19 a 21 anos, e praticamente não sofreu muito com a pressão das competições no juvenil.
No profissional, jogou todos os Grand Slam menos o Australian Open, não escondendo sua predileção por Roland Garros. Outro torneio que adorava era o de Roma, onde fez um dos jogos que considera dos melhores da carreira, contra Yannick Noah, na época número 4 do mundo e campeão de Roland Garros, deixando escapar match-point para derrotar o francês na primeira rodada de 1984.
Sua melhor marca no ranking foi alcançada um ano depois, chegando ao 68º lugar em novembro de 1985. Nas duplas, não chegou ao top 100, ficando no máximo na 128ª colocação, mas foi nesta modalidade que disputou sua única final de nível ATP. Ao lado do compatriota Ney Keller, ficou com o vice-campeonato em Viña del Mar em 1983.
Disputou seu último torneio em 1991, em São Paulo, onde se radicou por anos, dando aulas em grandes clubes após a aposentadoria, entre eles o Juventus, o Centro Paulista de Tênis e o Clube Athletico Paulistano. Recentemente, Meca retornou a Bauru e agora dá aulas no clube que o projetou. Em 2022, entrou no Hall de Personalidades da Câmara Municipal de Bauru, homenageado por todas as conquistas no esporte ao longo da sua brilhante carreira.