Paulista nascido em Mogi das Cruzes, João Olavo Soares de Souza é amplamente conhecido pelo seu apelido de Feijão, que ganhou por ser sua comida favorita. O apelido surgiu em um torneio juvenil, quando um amigo ficou impressionado com a quantidade de feijão colocada no prato. Filho de um tenista amador, ele foi incentivado pelo pai a começar no esporte e aos 9 anos de idade deu seus primeiros passos nas quadras de Mogi das Cruzes
Aos 16 anos, ele fez uma boa campanha no Banana Bowl, indo até as semifinais na edição de 2006. No juvenil, conquistou dois títulos de Grau 2 e chegou a ser o 51º colocado no ranking da ITF. Ao mesmo tempo, já dava seus primeiros passos no circuito profissional, no qual fez sua estreia em 2004, caindo na estreia em um future em Americana, no interior de São Paulo.
No profissional, começou nos futures, vencendo seu primeiro torneio em 2007, e conseguiu depois se estabelecer nos challengers. Ao todo levantou 18 taças nestes dois níveis, nove em cada. Conseguiu subir e chegou ao seu primeiro ATP em 2010, quando furou o quali em Santiago e foi até as semifinais, seu melhor desempenho neste nível. Ele repetiu a campanha em outros dois torneios: Kitzbuhel 2011 e Brasil Open 2015.
Ao todo, Feijão disputou 77 jogos de ATP, terminando com 27 vitórias. Ele também jogou em todos os Grand Slam, com destaque para 2015, único ano em que conseguiu disputar os quatro na mesma temporada. Foi também em 2015 que alcançou seu melhor ranking de simples (69º) e que protagonizou com o argentino Leonardo Mayer a partida mais longa da história da Copa Davis, ficando 6h43 em quadra, e uma derrota com placar final de 7/6(4), 7/6(5), 5/7, 5/7 e 15/13.
Nas duplas, ele tem 14 títulos em futures e challengers, metade para cada um. Chegou a disputar uma final de ATP em Quito com o dominicano Victor Estrella Burgos, em 2015, terminando com o vice-campeonato. Feijão teve como melhor marca nas duplas a 70ª colocação alcançada em janeiro de 2013.
Foi banido do esporte em 24 de janeiro de 2020, aos 31 anos, sob acusação de ter manipulado resultados de partidas. Por causa disso, ele está permanentemente inelegível para competir ou participar de qualquer evento organizado ou reconhecido pelos órgãos dirigentes do esporte.