Ex-pegador de bolas que se tornou tenista, Givaldo Alves Barbosa, também conhecido como “Gica”, saiu de Salvador para o mundo. Desembarcou em São Paulo aos oito anos e começou como pegador de bola. Aos 13 anos foi vice-campeão de um torneio de pegadores. Um dos melhores tenistas brasileiros de sua geração, ele foi top 100 em simples e nas duplas, chegando a ocupar o 32º lugar nas duplas e também foi 82º do mundo em simples.
Sem patrocínio, passou a construir uma carreira paralela de professor para se manter no tênis e, mesmo sem poder dar uma dedicação total ao tênis profissional, foi subindo a passos largos no ranking brasileiro. No circuito profissional, ele enfrentou nomes de peso como o sueco Stefan Edberg, o equatoriano Andres Gomez e o francês Henri Leconte. Sua maior vitória veio contra o francês Dominique Bedel, então top 50, no saibro de Florença. Em nível ATP, Gica teve apenas 11 triunfos em simples, vencendo 78 partidas em challenger, com dois títulos e um vice.
Conhecido pelo seu excelente toque e boa movimentação de quadra, tornou o seu reconhecido voleio seu maior ganha-pão. O desempenho nas duplas acabou superando bastante o de simples, não apenas no ranking, mas também com dois títulos de ATP, o primeiro deles em Itaparica, com João Soares, e o outro em Madri, com Ivan Kley. Também nas duplas, tem dois vice-campeonatos, um em Gstaad 1984 e outro em Forest Hills 1985.
Seu último torneio profissional foi em Ribeirão Preto, perdendo na primeira rodada do challenger local em 1991. Hoje é dono de uma academia de tênis em São Paulo, onde mora, ainda joga torneios de veteranos, chegando a ser top 10 no ranking da ITF, além de atuar como técnico e nos palcos como ator, participando de algumas peças desde 2007.