Um dos grandes nomes do tênis brasileiro, André Rezende Sá iniciou sua trajetória esportiva nas quadras do Minas Tênis Clube. Inspirado pelo irmão mais velho, se aventurou na modalidade que acabou o consagrando. Ele passou mais de 20 anos no circuito, conviveu com diversas gerações diferentes e viu o tênis se profissionalizar cada vez mais. O mineiro de Belo Horizonte foi um dos raros casos que obteve grande destaque tanto em simples, chegando a alcançar a 55ª colocação no ranking, como nas duplas, atingindo o 17º lugar.
Ainda muito novo foi morar e treinar nos Estados Unidos. Quando tinha 12 anos, terminou como número 1 do Brasil na sua categoria e então surgiu uma oportunidade através de Carlos Kirmayr. Conversou com meus pais e a vontade de ser profissional o fez embarcar nessa aventura de morar fora tão jovem. Mostrando potencial, foi ficando por lá até se formar e seguir para o circuito profissional.
Disputou seu primeiro future aos 16 anos, em 1993 e só foi conseguir sua primeira vitória dois anos depois. Foi crescendo aos poucos até conquistar seus primeiros títulos em 1997, para um ano depois faturar três challengers (Gramado, Salinas e Ho Chi Minh City), vencendo mais oito na carreira. Em nível ATP, ele não fez finais e teve como melhores campanhas as semifinais de Memphis (2000) e Hong Kong (2001). Destaque também para as quartas de final que alcançou em Wimbledon em 2002, disparado seu melhor resultado em Grand Slam. Em simples, ele jogou pelo menos três vezes em cada um dos quatro e apenas em Roland Garros não conseguiu vencer.
Sá desafiou grandes nomes do tênis mundial, como Pete Sampras, Lleyton Hewitt, Marat Safin, Magnus Norman, Tim Henman e David Nalbandian. A maior vitória foi contra o australiano Mark Philippoussis, então número 16 do mundo. Ele também venceu o norte-americano Andy Roddick, mas contando com desistência no terceiro set.
Com uma técnica apurada, que se mostrava principalmente nos voleios precisos, acabou migrando para a dupla, tendo ainda mais sucesso. Se em simples ele venceu “apenas” 52 partidas de ATP, nas duplas obteve quase o triplo de triunfos e encerrou a carreira com 291. O mineiro disputou 30 finais e faturou 11 títulos com sete parceiros diferentes. O conterrâneo Marcelo Melo foi com quem teve mais sucesso em conquistas, levantando cinco taças ao seu lado. Foi também com ele que fez seu melhor resultado em Grand Slam, alcançado as semifinais de Wimbledon em 2007. Além disso, Sá também foi quadrifinalista duas vezes no US Open (2007 e 2016) e uma no Australian Open (2004).
Defendendo as cores do Brasil, o mineiro teve como principal feito a medalha de ouro nas duplas nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg em parceria com Paulo Taicher. Esteve em quatro Jogos Olímpicos, caiu na estreia em Londres 2012 com Thomaz Bellucci, seu parceiro também no Rio 2016, quando foi a segunda rodada, mesma campanha que teve com Melo em Pequim 2008 e com Flávio Saretta em Atenas 2004. Entre 2002 e 2009, ele disputou 16 partidas de Copa Davis, todas nas duplas, somando 10 vitórias e 6 derrotas.