Apaixonado pelo tênis desde pequeno, Rogério Dutra Silva vem de uma família muito ligada ao esporte e começou a jogar aos 6 anos, por influência de seu pai, Eulício Teodózio da Silva, que também se aventurou como tenista profissional. Porém, a origem humilde, sem ter como pagar quadras para treinar, fez com que Rogerinho tivesse que trabalhar dobrado para alcançar o seu sonho. Apelidado de “Rogerinho”, o paulista nascido em Santa Bárbara D’Oeste, no interior paulista, começou como boleiro e trabalhou muito duro durante toda sua carreira, chegando a atingir o 63º lugar no ranking da ATP.
Foram vários os obstáculos em seu caminho, como as seis horas de ônibus para ir e voltar do treino durante a infância, e por conta disso ele pensou em parar mais de uma vez, mas o espírito de luta e a superação acabaram vencendo. Por causa das restrições financeiras, sua primeira viagem internacional foi só aos 17 anos, quando estava começando a se profissionalizar, em 2002, disputando dois futures seguidos em Montevidéu.
Persistente, ele foi driblando as adversidades e pouco a pouco se estabeleceu no circuito. Em 2006, deu um grande salto no ranking e entrou no top 200 pela primeira vez. A estreia no top 100 veio seis anos depois, em julho de 2012, um ano após fazer sua estreia em Grand Slam, no US Open de 2011, onde foi à segunda rodada. Também em 2011, Rogerinho obteve a medalha de prata em simples nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara e o bronze nas duplas mistas junto com Ana Clara Duarte. Ele também defendeu o Brasil em sete confrontos de Copa Davis e teve a oportunidade de disputar os Jogos Olímpicos do Rio, vendendo uma partida.
Rogerinho jogou todos os Grand Slam e só não conseguiu ao menos uma vitória em Wimbledon. Não conseguiu conquistar títulos de ATP, encerrando a carreira com 30 vitórias neste nível e quatro idas às quartas de final como melhores campanhas. Nos challengers brilhou bastante, foram 323 vitórias, 24 finais e 11 títulos, o último deles em Playford, em 2019. Embora tenha focado muito mais seus esforços em simples, ele obteve seus resultados mais expressivos nas duplas: foi campeão do Brasil Open em 2017 com André Sá e vice-campeão em dois ATP 500, o primeiro deles em 2012 com o espanhol Daniel Muñoz de la Nava, em Hamburgo, e o outro com Thomaz Bellucci, no Rio Open de 2019.